sábado, 26 de janeiro de 2013

Parto Domiciliar

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O USO DA ÁGUA NO PARTO NA HISTÓRIA.




Já no Egipto antigo, os benefícios da água para as parturientes era conhecido; nessa altura os recém-nascidos destinados para o sacerdócio tinham um nascimento aquático.

A civilização grega também conhecia as virtudes deste elemento para um parto mais tranquilo; Afrodite, deusa grega da beleza, segundo as crenças da altura, teria nascido no mar, como nos representa Botticelli num dos seus quadros.

Enquanto que no mundo ocidental, a prática do parto na água foi se perdendo ao longo dos séculos, outros povos mantiveram-se fieis a este método natural de relaxamento e de controlo da dor. São exemplos disso tribos como os Maoris na Oceânia, as Kahunas do Havai (entre muitas outras) que se socorrem da água há centenas de anos, com sabedoria, para aliviar os desconfortos do trabalho de parto.

Finalmente, redescobre-se desde os finais do século XX, os benefícios incontestáveis do parto natural, e neste contexto, ressurge o uso no trabalho de parto de um elemento tão abundante como esquecido até há pouco tempo: a água; ENNING (1995:16) refere “[…] na Inglaterra […] existe uma lei que obriga toda clínica estadual a oferecer uma banheira para o parto na água dentro do centro obstétrico, como também na Bélgica, e na Holanda[…]”

ENNING (1995) refere-nos que, no mundo ocidental, só com o Sr. Leboyer se falou pela primeira vez no parto sem violência (referindo-se ao bem estar do feto). Mais tarde, na Rússia, Tcharkowskij avança com estudos que revelam que bebés nascidos nas águas do mar negro, cujas mães fizeram preparação aquática para o parto, tendem a serem mais precoces tanto a nível intelectual como a nível corporal (deambulam mais cedo por exemplo). Finalmente, nos anos 70, Michel Odent revoluciona a obstetrícia francesa recorrendo a uma simples piscina de jardim insuflável que coloca a disposição das parturientes. Descobre então os benefícios do uso da água no trabalho de parto……
Fonte: http://partoaquatico.net/

O Parto na Água.




No mundo inteiro, cada vez mais mulheres têm procurado formas alternativas para dar à luz. Ouve-se falar em parto de cócoras, parto natural, parto domiciliar, parto na água e por daí por diante.

No Brasil, embora as mulheres têm começado a demonstrar mais interesse pelo assunto, são ainda poucas as opções de partos mais naturais que são oferecidas. No serviço particular, cerca de 80% dos partos são cesáreas. Dos 20% normais, quase todos são feitos com a mulher deitada, com as pernas em estribos, anestesiada, dentro de centros cirúrgicos. Apenas uma pequena fração dos partos normais acontecem de forma mais natural ou "fisiológica", para usar o termo técnico.

As razões para esse descompasso em relação a outros países são várias. Entre elas estão a cultura médica, interesses financeiros, desconhecimento da classe médica e da população e falta de ambientes adequados.

O parto na água é uma modalidade de nascimento onde a mulher fica dentro da água durante o período expulsivo de modo que o bebê chega ao mundo no meio aquático, exatamente como estava no útero. A água é aquecida a 36ºC, o ambiente geralmente fica à meia luz e o pai ou acompanhante pode entrar na banheira com a futura mãe.

Esses nascimentos costumam ser muito suaves e calmos e muitos bebês sequer choram quando são trazidos à tona para o colo de suas mães.

Alguns médicos alegam que esse parto não é seguro, porque o bebê pode aspirar água. Na verdade os registros de incidentes nos partos aquáticos são muito raros e comparado com partos na mesa ginecológica o parto na água não perde em segurança, mas ganha em qualidade do nascimento.

Outros profissionais alegam que na água não dá para fazer a episiotomia. Este argumento é falho já que a questão é que no Brasil faz-se mais episiotomia que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e outros órgãos de saúde. Na água morna o períneo fica bastante relaxado em relação ao parto tradicional, e as rupturas são raras e geralmente muito superficiais. A episiotomia nesse tipo de parto embora seja possível, é desnecessária em quase todos os casos.

O uso da banheira também pode ser iniciado antes do período expulsivo, para relaxamento e para a suavização das sensações do trabalho de parto. As contrações ficam menos fortes e o bebê pesa menos sobre o colo do útero. Muitas mulheres saem instintivamente da água na hora do bebê nascer, preferindo ficar sobre um colchão, de cócoras, deitada em posição semi-reclinada, ou até de lado (posição de Sims).

Aqui no Brasil, conhecemos poucos profissionais que oferecem o parto na água hospitalar como uma das possibilidades de atendimento: alguns em São Paulo e outros no Rio de Janeiro, até porque os próprios hospitais não aceitam essa possibilidade (não esqueça que as taxas de cesarianas dos hospitais particulares são de 90-95%, portanto o parto na água não é um "produto" interessante). No entanto se o parto for domiciliar, o parto na água é possível com o uso de banheira inflável, fáceis de se encontrar e montar. Em muitas cidades grandes já existem médicos e enfermeiras obstetras que atendem partos domiciliares, e a banheira é uma ferramenta que em geral eles oferecem.

Nos hospitais que oferecem banheira nas salas de parto, essas são estreitas e não servem para o período expulsivo. No entanto são ótimas para o relaxamento durante o trabalho de parto. Por outro lado é possível um parto na água em casa e para isso usa-se uma piscina desmontável, dessas infantis, que pode ser enchida com água do chuveiro. É só usar a criatividade...

Por Ana Cris Duarte

Fonte: http://www.amigasdoparto.com.br